segunda-feira, 29 de maio de 2017

SER PROFESSOR

Em nossos diálogos, com a professora regente no período do nosso Estágio do curso de Letras, do VIII semestre, discorremos sobre a prática docente e o papel que o professor exerce na formação do aluno. Durante nossa conversa, a docente relembrou como se deu sua experiência em sala de aula, inicialmente como professora de matemática. Segundo relatos, era a disciplina com a qual se identificava. No entanto, quando ingressou na faculdade para cursar Letras, seus planos foram modificados, pois surge a oportunidade de continuar a prática docente, agora, com algumas horas aulas de Língua Portuguesa. Na ocasião, a “dedicação e o aprimoramento dos conhecimentos” foi a sua determinação enquanto professora. Atualmente, sua carga horária de trabalho contempla apenas a área de Linguagem e suas tecnologias.
De acordo com a professora, a maioria das pessoas pensa que ser professor, é “simplesmente, um transmissor de conteúdos.” No entanto, em sua opinião, vai muito, além disso: “Professor é aquele que serve como mediador, que precisa estar aberto à troca de experiências e informações”, sendo da responsabilidade do professor, “orientar, motivar, informar, conduzir e, muitas vezes, fazer com que o aluno perceba sua importância na sociedade e, como a busca por conhecimento, pode fazê-lo crescer enquanto cidadão”.
Ela enfatiza dizendo que “os grandes desafios para mim são a superlotação nas salas de aula, a falta de interesse pela leitura por parte dos alunos, e a falta de limites dos adolescentes. Acredito que em nossa profissão temos que estar abertos à mudanças, pois, estando em contato direto com adolescentes, percebemos a necessidade de buscar novas metodologias, principalmente utilizando as novas tecnologias, tão presentes em suas (nossas) vidas”.
Falou-nos sobre os pontos positivos e negativos da profissão “Um dos pontos positivos da profissão é saber que você contribuiu de alguma forma para o sucesso de alguém, como também os laços e amizade conquistados e o contato com a diversidade. E os pontos negativos são a não valorização enquanto profissional, o ambiente muitas vezes inadequado para que o processo ensino aprendizagem ocorra de maneira satisfatória e a violência (verbal ou física) que permeia na escola”. Assim, a professora expôs um pouco sobre a realidade de sua profissão, enfatizando os sabores e dissabores de estar na docência.
Graduandas:
Catiane Santos de O. Souza e Thiara de A. Carneiro.




NOVAS PRÁTICAS NA AÇÃO DOCENTE

Marise das Mercês Mirando
Suelene Silva Lima Mascarenhas

O mundo contemporâneo exige uma educação que vá além da sala de aula. Dessa forma, é necessário alçar voos mais altos, os quais permitam que o docente alcance um desempenho satisfatório em diversas instâncias educacionais que servirão para toda a vida, pois educar não é apenas ensinar a ler e a escrever.
O professor precisa ser um sujeito que põe em prática uma educação reflexiva e crítica, que esteja diretamente relacionada à vida e às experiências dos seus educandos. Entende-se que a melhor forma de aproximar as mudanças na escola e na educação é o professor se envolver em ações que possibilitem a sua reflexão acerca das suas práticas pedagógicas, buscando a construção de uma metodologia coerente com o momento e necessidades do contexto onde atua, para que, assim, possa se comprometer a proporcionar aos seus alunos uma verdadeira transformação educacional.
Nesse contexto, o professor deve ter em pensamento a necessidade de manter uma atitude norteadora do processo ensino-aprendizagem, levando em consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel essencial no desenvolvimento ético e intelectual de seu aluno, podendo esta ser caminho de crescimento e de interação da aprendizagem do sujeito. Dessa forma, é importante que o docente interaja com seus alunos tendo em vista a necessidade de aprimorar suas práticas, para que contribua positivamente no desenvolvimento de uma educação com mais qualidade.
Partindo do pressuposto de que o professor precisa implantar práticas pedagógicas atuais e satisfatórias na sua ação docente, foi possível perceber, na prática do Estágio Supervisionado IV, através das aulas observadas na escola campo e dos planejamentos escolares que, até o presente momento, o alunado carece de inovações e práticas que atraiam a sua atenção, de forma coerente e objetiva, e despertem o interesse de desenvolver seu conhecimento acerca dos conteúdos trabalhados.
Os conteúdos apresentados no Livro Didático fornecido aos alunos são bem trabalhados na sala de aula; entretanto, percebemos a necessidade da inserção de recursos mais atuais, a exemplo das mídias digitais, objetivando facilitar a ação docente, bem como atrair a atenção dos alunos que estão inseridos numa realidade de avanços tecnológicos, que proporcionam o crescimento constante da utilização de redes sociais, mídias digitais e mídias sociais.
Portanto, diante de uma contemporaneidade, que possibilita o acesso amplo à informação através dos meios midiáticos, é de extrema importância que se implante práticas pedagógicas inovadoras, que favoreçam uma aprendizagem significativa, buscando conectar os conhecimentos prévios dos alunos com os assuntos propostos. De tal modo, é bastante relevante explorar variadas formas de ensino-aprendizagem que chame a atenção dos alunos. Dessa maneira, com certeza, o docente desenvolverá uma educação reflexiva, na qual haja interação entre professor/aluno e, consequentemente, a troca de conhecimentos de modo satisfatório.





Estágio Supervisionado: relação entre professor da escola básica e graduando

O Estágio Supervisionado para o licenciando é um componente muito importante, pois possibilita o aperfeiçoamento desse estudante na sala de aula, além de dá oportunidades aos alunos de licenciatura de conhecerem o ambiente educacional. Nesse sentido, o estágio permite que o licenciando faça a associação entre teoria e prática ainda no período da graduação, possibilitando, assim, uma melhor formação profissional. Segundo Zeichner (2000, p. 14),

É preciso que haja uma conexão estreita entre a formação de professores na universidade com as escolas e a comunidade. Não deve haver atividades acadêmicas isoladas, em que as pessoas somente vão para as universidades e assistem aulas sobre mudança social. É preciso estudar as coisas em contexto.

Dessa forma, os cursos de Licenciatura, principalmente, precisam estar conectados com a realidade escolar e o Estágio Supervisionado possibilita essa relação. Por isso, é importante ressaltar que o estágio não acontece apenas com a participação do supervisor, estagiário e universidade, mas é crucial a presença do professor regente nesse âmbito.
Então, o professor da escola básica tem papel importantíssimo na formação dos estagiários, pois é o professor regente, juntamente com o professor supervisor, que vai ajudar os licenciandos nesse processo tão fundamental que é o momento de contato direto com as escolas e sala de aula.
O professor regente é quem permite também que haja a articulação entre a teoria e a prática, além de proporcionar ao estagiário a troca de experiências enriquecedoras para o ser docente. Afinal, é esse profissional que enfrenta todos os dias os inúmeros desafios que a educação brasileira oferece.
Portanto, o diálogo entre o graduando e professor da escola básica é muito relevante, uma vez que contribui com a preparação dos futuros docentes para atuarem na arte de ensinar. Além disso, a prática que o estágio possibilita nas escolas favorece uma maior reflexão dos licenciandos sobre o ato de ensinar e os desafios da educação brasileira.
Referência
ZEICHNER, Kenneth M. Formação de Professores: contato direto com a realidade da escola. Presença Pedagógica, n.34, jul/ago 2000. (p. 5-15).




Janaina Oliveira e Maria Freitas