MEMORIAL DO ESTÁGIO IV: experiências docentes
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Maria
Freittas
O curso de Licenciatura Letras Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira, na Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV, está proporcionando muitas
aprendizagens, sobretudo, com a disciplina de Estágio Supervisionado, que vem
contribuindo para minha formação docente desde o V semestre, por meio de
atuação na sala de aula na rede pública de ensino.
Nesse semestre, com o Estágio IV, finalizamos as
práticas docentes no Ensino Médio. A experiência do estágio, ministrando aula
de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira (LPLB) e Redação para a turma do 3º
ano A, do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira, iniciada no dia 10/04/2017,
foi muito significativa para mim, tanto como pessoa como profissional, pois
possibilitou adquirir novos conhecimentos e novas habilidades profissionais. A
oportunidade em ministrar aulas nessa turma permitiu vivenciar momentos reais
do cotidiano escolar por meio do contato direto com os alunos e professores
formados. A experiência como docente foi
bastante gratificante, uma vez que contribuiu de forma positiva na minha
postura e formação docente. Mas a parceria da minha colega de sala Janaína
Oliveira foi fundamental para o andamento das aulas, pois trabalhamos em
conjunto dentro e fora da sala de aula, no planejamento das aulas e nas
escolhas das atividades para os alunos, e assim, pudemos desenvolver um ótimo
trabalho. Nessa perspectiva, tivemos a oportunidade de exercer nossas
habilidades no cotidiano escolar, através dos conhecimentos acadêmicos
adquiridos no curso.
Assim
como ressaltam Pimenta e Lima (2005/2006, p. 06), “o estágio sempre foi
identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais em
geral, em contraposição à teoria”. No entanto, é por meio da união da teoria
com a prática que tornamos um profissional docente qualificado. Por em prática
tudo que aprendemos no universo acadêmico contribui para o desenvolvimento de
aprendizagem tanto do aluno como professor. Dessa
maneira, o trabalho pedagógico realizado na sala de aula na escola estimulou no
desenvolvimento de habilidades nas práticas docentes.
As aulas teóricas na universidade foram fundamentais,
mas as práticas docentes na escola foram indispensáveis, haja vista que proporcionaram
o entendimento mais claro das situações ocorridas no interior da escola, pois
vivenciei de perto e, além disso, as práticas serviram para me preparar cada
vez mais para adentrar no espaço escolar, contribuindo na formação da
identidade profissional do aluno, por meio da integração da teoria com a
prática através dessas experiências.
Nas
aulas, pude sentir de perto como é estar assumindo uma posição de destaque na
sala de aula. Aprendi com os alunos, adquiri novos conhecimentos e desenvolvi
junto com a colega, Janaína Oliveira, habilidades por meio da prática, sabendo
lidar com diversas situações, dentre elas questionamentos por parte dos alunos
e intervenções do professor regente.
Os
alunos eram participativos e se envolviam em todas as atividades, principalmente,
quando elas eram mais dinâmicas. Depois que concluímos essas atividades, eles
ressaltavam que por meio delas aprenderam um pouco mais, pois se tornam divertidas
e agradam a todos. Dessa forma, ao analisarmos
essa atividade realizada pelos alunos, percebemos a importância de o professor
criar estratégias para que o discente não veja as atividades escolares como uma
mera obrigação, que ele precisa realizar para o professor atribuir uma nota e,
assim, ser aprovado para o posterior ano letivo. Porém,
percebemos que o aprendizado deve ser algo que proporcione prazer ao aluno e
que ele sinta o desejo de querer realmente aprender. Foram diversas as
atividades desenvolvidas durante o estágio. Trabalhamos com a exposição do
conteúdo teórico em forma de aula expositiva utilizando slides e quadro branco, propusemos atividades de leitura,
interpretação, compreensão e produção textual. Buscamos sempre conhecer os
conhecimentos prévios dos alunos antes de iniciarmos as aulas, especialmente,
na disciplina de Redação, que priorizamos as temáticas voltadas para
vestibulares e Enem; partimos do pressuposto da importância da busca dos
conhecimentos e da argumentação de cada um.
Nas aulas de Redação e LPLB,
trabalhamos sempre com gêneros textuais, que são essenciais para o
ensino-aprendizagem. Assim, Costa-Hubes e Simioni (2014) consideram a
circulação do gênero textual uma etapa de fundamental importância para que o
aluno perceba que o texto de sua autoria possui uma função social, isto é,
fazer com que o texto produzido chegue ao seu interlocutor. A partir disso,
salientamos sobre a importância da autoria e a dificuldade que muitos alunos
têm em produzir um texto sem cometer o risco do plágio.
Portanto, pelo retorno das atividades desenvolvidas na sala de aula,
posso afirmar o quanto nosso trabalho foi proveitoso nesse período de regência,
tanto para nossa formação como para os alunos. Estes puderam, ao longo das
aulas, assimilar os conteúdos propostos e atingir os objetivos esperados. E
para mim, futura docente, vivenciar a prática de diversas teorias discutidas ao
longo da graduação, principalmente no componente Estágio Supervisionado, as quais
serviram para toda nossa carreira profissional, foi muito gratificante. Assim, essa
nova experiência com essa turma de 3º ano do Ensino Médio permitiu mostrar
minha criatividade, independência, habilidade e adquirir ainda mais experiência
docente.
Último dia (01/06/2017) !!!
REFERÊNCIAS
COSTA-HUBES,
Terezinha C.; SIMIONI, Claudete Aparecida. Sequência didática: uma proposta
metodológica curricular de trabalho com os gêneros discursivos/textuais. In.
BARROS, E. M. D.; RIOS-REGISTRO, E. S. (Orgs). Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. Campinas:
Fontes editores, 2014.